Há tempos um texto não conversava tanto comigo ❤️ Fui levada de volta para os anos sendo garçonete, sempre à disposição, aberta para receber perguntas e realizar desejo — ao servir conheci o meu melhor, vi o meu pior é fui profundamente transformada, virei mais gente. Restaurante é mesmo uma escola. Obrigada por me fazer lembra dessa parte da minha história de mulher estrangeira. Um abraço!
Oi, Verbena! É uma lojinha sempre aberta, né? Que bom te encontrar aqui; conheci sua newsletter outro dia e gostei demais de te ler! Seus textos também me encontraram 🩷
Meninaaaaa que delícia esse texto, é em muitos momentos ri alto, não por me identificar, não por achar engraçado, não por rir da sua situação, se não… por refletir as diferenças culturais, vivo em Paris, e aqui as garçonetes sim, em geral são mais agradáveis que os homens, agora te escrevendo, já comecei a matutar… será talvez também um problema de gênero? Mas isso é pauta para outra conversa!
Enfim corrigindo: os garçons em geral aqui em Paris tem uma maneira peculiar de atender, de responder e de até não responder, para começar eu estou analisando os locais não turísticos ( porque nesses noto um pouco do que você experiência ) e nos restaurantes, bares e cafés mais locais, noto uma relação mais igualitária, mas ao mesmo tempo uma relação agressivo-passiva sabe como? Risos…
E sempre me chamou atenção o fato de em geral não ter sorrisos, afinal eles não são nossos amigos, eles vem quando pode, afinal são várias mesas a atender, eles sempre vão trazer a garrafa de água então se pedir, espere por ser ignorado, não venha pedir excessões retira isso ou aquilo, eles vão revirar os olhos e vão dizer “Ce n’est pas possible, vous souhaitez demander autre chose?” Não é possível, quer pedir outra coisa… e foi assim nesse contraste de sua experiência com a minha em outra cultura… que eu ria, e ria muito Ahhh eles fazem uma pausa café ( para fumar um cigarro) e você não me venha fazer sinal, chamar por eles, pois certamente ele não vira!!!
Talvez você aí do outro lado esteja pensando mas que falta de educação e eu te digo que Não.. não é falta de educação, é apenas um outro ser humano fazendo o trabalho dele, sem nenhuma subserviência, sem a obrigação de te fazer feliz, e muito menos servir como se você fosse superior a ele 😄🤪
Gente, eu lembro que Paris era assim mesmo - sempre adorei a vibe mais igualitária e o mau-humor libertador dos garçons...! Obrigada pela mensagem maravilhosa; ainda tenho que aprender muito com os parisiens... Um beijo enorme e aproveita essa cidade maravilhosa. Morei um ano aí e morro de saudade 💓
Caramba, me identifiquei tanto com seu texto. Meus pais tem um restaurante há 22 anos, então meu primeiro emprego, é claro, foi como garçonete. Em seguida, como caixa. Você descreveu tão sensivelmente como é esse cotidiano. Estou escrevendo um texto sobre "como não se comportar em um restaurante", que espero postar em breve aqui no Substack, com reflexões e algumas anedotas sobre os anos atrás do balcão. Eu também acho que todo mundo deveria trabalhar como garçonete por um tempo na vida. Cria anticorpos muito específicos.
Nossa, que demais... Onde ficava o restaurante? Já tô com vontade de ler esse seu texto com instruções sobre como nunca tratar uma garçonete! Servir mesas = atalho para a iluminação. Um beijo enorme
Obrigada, Abel! Vamos que vamos. Estou aqui nos últimos preparativos; na quarta-feira eu pego o voo pro Brasil. Um beijo carinhoso e muito obrigada pelas suas mensagens, sempre tão generosas e delicadas 🩷
o mais difícil deve ser ouvir determinadas perguntas e ter que respirar mil vezes antes de responder o que é possível, e não o que gostaria de responder.
Ah que maravilha. Você a caminho das Terras Papagallis para lançar seu livro lindo. Espero que minhas amigas consigam ir te ver em Floripa e Curitiba. E em Brasília, quando encontrares a Ju Mucury manda um grande beijo meu para ela. Ela que primeiro me mostrou você. Viaje muito e volte outra, mas sempre a mesma que você é maravilhosa como é.
Há tempos um texto não conversava tanto comigo ❤️ Fui levada de volta para os anos sendo garçonete, sempre à disposição, aberta para receber perguntas e realizar desejo — ao servir conheci o meu melhor, vi o meu pior é fui profundamente transformada, virei mais gente. Restaurante é mesmo uma escola. Obrigada por me fazer lembra dessa parte da minha história de mulher estrangeira. Um abraço!
Oi, Verbena! É uma lojinha sempre aberta, né? Que bom te encontrar aqui; conheci sua newsletter outro dia e gostei demais de te ler! Seus textos também me encontraram 🩷
Meninaaaaa que delícia esse texto, é em muitos momentos ri alto, não por me identificar, não por achar engraçado, não por rir da sua situação, se não… por refletir as diferenças culturais, vivo em Paris, e aqui as garçonetes sim, em geral são mais agradáveis que os homens, agora te escrevendo, já comecei a matutar… será talvez também um problema de gênero? Mas isso é pauta para outra conversa!
Enfim corrigindo: os garçons em geral aqui em Paris tem uma maneira peculiar de atender, de responder e de até não responder, para começar eu estou analisando os locais não turísticos ( porque nesses noto um pouco do que você experiência ) e nos restaurantes, bares e cafés mais locais, noto uma relação mais igualitária, mas ao mesmo tempo uma relação agressivo-passiva sabe como? Risos…
E sempre me chamou atenção o fato de em geral não ter sorrisos, afinal eles não são nossos amigos, eles vem quando pode, afinal são várias mesas a atender, eles sempre vão trazer a garrafa de água então se pedir, espere por ser ignorado, não venha pedir excessões retira isso ou aquilo, eles vão revirar os olhos e vão dizer “Ce n’est pas possible, vous souhaitez demander autre chose?” Não é possível, quer pedir outra coisa… e foi assim nesse contraste de sua experiência com a minha em outra cultura… que eu ria, e ria muito Ahhh eles fazem uma pausa café ( para fumar um cigarro) e você não me venha fazer sinal, chamar por eles, pois certamente ele não vira!!!
Talvez você aí do outro lado esteja pensando mas que falta de educação e eu te digo que Não.. não é falta de educação, é apenas um outro ser humano fazendo o trabalho dele, sem nenhuma subserviência, sem a obrigação de te fazer feliz, e muito menos servir como se você fosse superior a ele 😄🤪
Gente, eu lembro que Paris era assim mesmo - sempre adorei a vibe mais igualitária e o mau-humor libertador dos garçons...! Obrigada pela mensagem maravilhosa; ainda tenho que aprender muito com os parisiens... Um beijo enorme e aproveita essa cidade maravilhosa. Morei um ano aí e morro de saudade 💓
Caramba, me identifiquei tanto com seu texto. Meus pais tem um restaurante há 22 anos, então meu primeiro emprego, é claro, foi como garçonete. Em seguida, como caixa. Você descreveu tão sensivelmente como é esse cotidiano. Estou escrevendo um texto sobre "como não se comportar em um restaurante", que espero postar em breve aqui no Substack, com reflexões e algumas anedotas sobre os anos atrás do balcão. Eu também acho que todo mundo deveria trabalhar como garçonete por um tempo na vida. Cria anticorpos muito específicos.
Nossa, que demais... Onde ficava o restaurante? Já tô com vontade de ler esse seu texto com instruções sobre como nunca tratar uma garçonete! Servir mesas = atalho para a iluminação. Um beijo enorme
Surina, te desejo muitas alegrias nos lançamentos do seu livro. Avante!
Obrigada, Abel! Vamos que vamos. Estou aqui nos últimos preparativos; na quarta-feira eu pego o voo pro Brasil. Um beijo carinhoso e muito obrigada pelas suas mensagens, sempre tão generosas e delicadas 🩷
Maravilhoso! É uma baita escola. Trabalhar de garçonete nos coloca em uma posição tão sensível. De fato, só experienciando para entender. Tudo muda!
Super! Adoro, e tem me ajudado muito na escrita, também, ter a experiência de viver um ponto de vista radicalmente diferente ❤️
Fiquei passeando pelo salão desse restaurante, pendurada no seu avental. Feliz que logo menos nos vemos. 💓
Muito muito feliz de finalmente poder te conhecer, xuxu. Fechando as malas aqui; amanhã de manhã eu embarco
o mais difícil deve ser ouvir determinadas perguntas e ter que respirar mil vezes antes de responder o que é possível, e não o que gostaria de responder.
Respirar um milhão de vezes!
Amei o texto, as usual. Pergunta enviada! Sucesso no lançamento do livro, Surina! Um beijo!
Obrigada por mandar a pergunta! To tão empolgada com a ideia de responder... 🩷 obrigada, Linda
Ah que maravilha. Você a caminho das Terras Papagallis para lançar seu livro lindo. Espero que minhas amigas consigam ir te ver em Floripa e Curitiba. E em Brasília, quando encontrares a Ju Mucury manda um grande beijo meu para ela. Ela que primeiro me mostrou você. Viaje muito e volte outra, mas sempre a mesma que você é maravilhosa como é.
Tão feliz de estar indo, Marie! Vou dar um beijo na Ju por ti. Só vai faltar você 🩷