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pés quentes

ventre pulsando

e o barulho da geladeira

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minha geladeira é uma sinfonia, juro

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o vento frio

a raiva fresca

histórias duras dissolvidas em duas xícaras de café

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ouvindo a chuva e os passarinhos de domingo - o que caiu mesmo?

kuzman

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Palavras cotidianas

me atravessam

como terras estrangeiras

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Nossa, amei tanto esse haiku... Haiku "línguas do exílio". Obrigada por dividir aqui. Beijo

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Que delícia de texto, me deu vontade de escrever haikus, tentei e saiu isso:

O tempo passa

Até quando não há relógio

Tudo é tempo

Deve ser porque tô correndo contra o tempo aqui nos últimos dias, rs.

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Isso! Vamos escrever haikus!

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in this world of ours

we walk above hell

gazing at flowers

Amei. Como sempre me trazes presentes. Meu sábado foi o contrário do Zem. Mas foi bom. Casei meu filho. Fiquei bêbada de vinho, alegria e vida, no final.

Tento conspirar para ajudar minha ex-sogra a se libertar, minha atual a ser mais leve e a vida continuar. Tento entrar no flow da vida. Você me mostrou o Mundo sem Anéis. Sou todavida grata.

Um beijo minha querida.

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Esse haiku pequenininho do Issa me mata também, Marie... Em junho a viagem de bicicleta faz dez anos, acredita? Que bom que o livro foi um presente; ele também me trouxe um presente de volta - a sua leitura e presença. Um beijo grande e boa páscoa

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primavera sonolenta

as flores já brotaram

mas ainda não esquenta

minha tentativa de haiku é uma revolta contra a primavera holandesa hahaha

adorei seu post, cheguei nele pela recomendação da querida Ana Rüsche. Teve uma época que fiquei muito viciada em haikus depois de ler a biografia que o Paulo Leminski fez do Bashô. Fui atrás de ler o Bashô e até tive vontade de aprender japonês mas aí era um pouco demais haha

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