Eu depois de velho tô no meu primeiro da Clarice, Perto do Coração Selvagem, e tô impressionado. Curiosamente hoje enquanto lia percebi o quanto é inspiradora a escrita dela... mas ainda tô brigando um pouco com o bloqueio haha
Gostei muito, muito do seu texto! Obrigada por ele e compartilhar suas leituras. Agora, esperando seu livro...Fiquei curiosa em saber onde encontro o poema de T.S.Eliot. ;)
parabéns por honrar a tua jornada. e obrigada por abri-la com a gente. ❤️
não gosto muito quando as pessoas dizem que não existe bloqueio criativo e explicam o que seria o não-bloqueio criativo como... exatamente o que é o bloqueio criativo🫠. por isso gosto da tua exploração do assunto, ela não nega o bloqueio, mas cria uma narrativa para ele.
e olha, escrever ficção autobiográfica é uma coisa enorme, são textos difíceis sim, pois exigem que a pessoa jogue luz sobre os cantos mais escuros e monstruosos da memória.
Amei seu texto e curiosa com o livro. Aqui carrego comigo uma temporada de bloqueio criativo. De todas elas, essa frase foi um tapinha necessário no ombro “O bloqueio criativo é desconfortável, mas apesar de terrível traz mensagens valiosas se a gente tiver paciência para escutar.” Por aqui, estou lendo a Ursula Le Guin também, o “Sem tempo a perder”.
Estou lendo Flaneuse. Apesar de ser uma leitura bem do norte global, como uma moradora de grande metrópole estou gostando de algumas coisas e me identificando. Gostei de saber a previsão do teu livro e dos caminhos que vc percorreu para escrevê-lo. Um beijo
importante respeitar nosso desconhecer, os bloqueios, e nosso proprio tempo! a vida tem seu ritmo e viver com ele é um dos grandes ensinamentos/aprendizagens que podemos ter ... tem livros que foram feitos em dias outros em anos... o que mede a qualidade? apenas o que esta escrito e nao como foi feito... o material precioso esta ali, dentro de nós, com bloqueio ou sem... ameiii <3
Escrever é também não escrever, de vez em quando, né. E ler é mesmo maravilhoso e muito inspiracional pra mim. Agora tô lendo Em busca do mundo perdido, do Arthur Conan Doyle, uma aventura quase juvenil, mas que tô achando bem legal.
Muito massa essas reflexões, concordo com tudo. Aliás, foi lendo que eu finalmente me descubro como escritora. Eu escrevo desde criança, tenho muitas agendas, cadernos, fora as coisas que joguei fora ou se perderam, mas sempre me achei péssimo, nunca tive pretensão de publicar nada. Durante a graduação comecei a participar de alguns grupos de leitura e conheci as latinas do fantástico, Mariana Enriquez, Ana Paula Maia, Samantha Scheblin entre outras, e foi através delas que finalmente me encontrei como escritora, pq eu notei que aquele era meu estilo, era sobre o que eu queria falar. Isso me ajudou muito na minha confiança e em me reconhecer como alguém capaz de escrever. E assim vamo. Um beijo e obrigada pela edição!
Frank O Hara>
Uma Coca-cola com Você é ainda melhor... Frank O'Hara
Uma Coca-cola com Você
é ainda melhor que uma viagem a San Sebastian, Irun,Hendaye, Biarritz, Bayonne
ou que ficar enjoado na Travessera de Gracia em Barcelona
em parte porque nessa camisa laranja você parece um São Sebastião melhor e mais feliz
em parte porque eu gosto tanto de você, em parte porque você gosta tanto de iogurte
em parte por causa das tulipas laranja fluorescente contra a casca branca das árvores
em parte pelo segredo que nos vem ao sorriso perto de gente e de estatuária
é difícil quando estou com você acreditar que existe alguma coisa tão parada
tão solene tão desagradável e definitiva como estatuária quando bem na frente delas
na luz quente de Nova York às quatro da tarde nós estamos indo e vindo
de um lado para o outro como a árvore respirando pelos olhos de seus nós
e a exposição de retratos parece não ter nenhum rosto, só tinta
de repente você se surpreende que alguém tenha se dado ao trabalho de pintá-los
olho
pra você e prefiro de longe olhar para você do que para todos os retratos do mundo
exceto talvez às vezes o Cavaleiro Polonês que de qualquer maneira está no Frick
aonde graças a Deus você nunca foi de modo que eu posso ir junto com você a primeira vez
e isso de você se mover tão bonito mais ou menos dá conta do Futurismo
assim como em casa nunca penso no Nu Descendo a Escada ou
num ensaio em algum desenho de Leonardo ou Michelangelo que costumava me deslumbrar
e o que adianta aos Impressionistas tanta pesquisa
quando eles nunca encontraram a pessoa certa para ficar perto de uma árvore quando o sol baixava
ou por sinal Marino Marini que não escolheu o cavaleiro tão bem
quanto o cavalo acho que eles todos deixaram de ter uma experiência maravilhosa
que eu não vou desperdiçar por isso estou te contandoFrank O'Hara
muito precisa essa edição. é isso. estou lendo, hum, livros de crítica literária. possuem sua beleza também ☺️
Eu depois de velho tô no meu primeiro da Clarice, Perto do Coração Selvagem, e tô impressionado. Curiosamente hoje enquanto lia percebi o quanto é inspiradora a escrita dela... mas ainda tô brigando um pouco com o bloqueio haha
Gostei muito, muito do seu texto! Obrigada por ele e compartilhar suas leituras. Agora, esperando seu livro...Fiquei curiosa em saber onde encontro o poema de T.S.Eliot. ;)
parabéns por honrar a tua jornada. e obrigada por abri-la com a gente. ❤️
não gosto muito quando as pessoas dizem que não existe bloqueio criativo e explicam o que seria o não-bloqueio criativo como... exatamente o que é o bloqueio criativo🫠. por isso gosto da tua exploração do assunto, ela não nega o bloqueio, mas cria uma narrativa para ele.
e olha, escrever ficção autobiográfica é uma coisa enorme, são textos difíceis sim, pois exigem que a pessoa jogue luz sobre os cantos mais escuros e monstruosos da memória.
abs, amiga o/
Amei seu texto e curiosa com o livro. Aqui carrego comigo uma temporada de bloqueio criativo. De todas elas, essa frase foi um tapinha necessário no ombro “O bloqueio criativo é desconfortável, mas apesar de terrível traz mensagens valiosas se a gente tiver paciência para escutar.” Por aqui, estou lendo a Ursula Le Guin também, o “Sem tempo a perder”.
Eu tô lendo A montanha mágica já há alguns meses. 😅 Ansiosa para ler seu livro novo.
Estou lendo Flaneuse. Apesar de ser uma leitura bem do norte global, como uma moradora de grande metrópole estou gostando de algumas coisas e me identificando. Gostei de saber a previsão do teu livro e dos caminhos que vc percorreu para escrevê-lo. Um beijo
importante respeitar nosso desconhecer, os bloqueios, e nosso proprio tempo! a vida tem seu ritmo e viver com ele é um dos grandes ensinamentos/aprendizagens que podemos ter ... tem livros que foram feitos em dias outros em anos... o que mede a qualidade? apenas o que esta escrito e nao como foi feito... o material precioso esta ali, dentro de nós, com bloqueio ou sem... ameiii <3
São tantas reflexões preciosas nesse texto, obrigada por compartilhar. Por aqui, estou lendo “Odisseia” e “Ilíada” contadas pela Ruth Rocha.
Escrever é também não escrever, de vez em quando, né. E ler é mesmo maravilhoso e muito inspiracional pra mim. Agora tô lendo Em busca do mundo perdido, do Arthur Conan Doyle, uma aventura quase juvenil, mas que tô achando bem legal.
Muito massa essas reflexões, concordo com tudo. Aliás, foi lendo que eu finalmente me descubro como escritora. Eu escrevo desde criança, tenho muitas agendas, cadernos, fora as coisas que joguei fora ou se perderam, mas sempre me achei péssimo, nunca tive pretensão de publicar nada. Durante a graduação comecei a participar de alguns grupos de leitura e conheci as latinas do fantástico, Mariana Enriquez, Ana Paula Maia, Samantha Scheblin entre outras, e foi através delas que finalmente me encontrei como escritora, pq eu notei que aquele era meu estilo, era sobre o que eu queria falar. Isso me ajudou muito na minha confiança e em me reconhecer como alguém capaz de escrever. E assim vamo. Um beijo e obrigada pela edição!
mariana: The Day Lady Died
BY FRANK O'HARA
It is 12:20 in New York a Friday
three days after Bastille day, yes
it is 1959 and I go get a shoeshine
because I will get off the 4:19 in Easthampton
at 7:15 and then go straight to dinner
and I don’t know the people who will feed me
I walk up the muggy street beginning to sun
and have a hamburger and a malted and buy
an ugly NEW WORLD WRITING to see what the poets
in Ghana are doing these days
I go on to the bank
and Miss Stillwagon (first name Linda I once heard)
doesn’t even look up my balance for once in her life
and in the GOLDEN GRIFFIN I get a little Verlaine
for Patsy with drawings by Bonnard although I do
think of Hesiod, trans. Richmond Lattimore or
Brendan Behan’s new play or Le Balcon or Les Nègres
of Genet, but I don’t, I stick with Verlaine
after practically going to sleep with quandariness
and for Mike I just stroll into the PARK LANE
Liquor Store and ask for a bottle of Strega and
then I go back where I came from to 6th Avenue
and the tobacconist in the Ziegfeld Theatre and
casually ask for a carton of Gauloises and a carton
of Picayunes, and a NEW YORK POST with her face on it
and I am sweating a lot by now and thinking of
leaning on the john door in the 5 SPOT
while she whispered a song along the keyboard
to Mal Waldron and everyone and I stopped breathing
Frank O’Hara, “The Day Lady Died” from Lunch Poems. Copyright © 1964 by Frank O’Hara. Reprinted with the permission of City Lights Books.
Source: The Collected Poems of Frank O'Hara (1995)