Bem-vindx à Imperfeição. Neste mês de março, as edições do Sofá da Surina foram especialmente escritas em torno deste tema. Na primeira, publicada semana passada, evoco o espírito do Renato Russo e do Leonard Cohen para refletir sobre a ideia de sujeito perfeito. A edição de hoje é uma celebração dos nossos corpos como são, perfeitamente imperfeitos. Por fim, o próximo número do Sofá é um texto bem íntimo sobre como tive que encarar o terrível monstro da perfeição enquanto escrevia meu (próximo) livro.
E o corpo pode tanto, né? Se a gte tivesse gasto tempo e espaço mental aproveitando disso, ao invés de sentir feiura ou desajuste, o corpo seria mais alegre hj. Mas... Sempre há tempo de reabitar. Um beijo
me identifiquei muito. inclusive tenho uma gata adulta mui pequena tbm. e um outro todo rechonchudo. ambos perfeitos.
E o corpo pode tanto, né? Se a gte tivesse gasto tempo e espaço mental aproveitando disso, ao invés de sentir feiura ou desajuste, o corpo seria mais alegre hj. Mas... Sempre há tempo de reabitar. Um beijo
Tão bonito, Mari! Quero destacar esse trecho:
"Feche os olhos agora e imagine o tanto de corpos que você poderia ocupar.
Você poderia ocupar o corpo de um vaga-lume, de uma coruja
você poderia ocupar o corpo de uma lacraia ou de um bicho do mar como o ouriço ou o caranguejo, ou o de uma baleia majestosa
você poderia ocupar o corpo da costela-de-adão que fica aqui na entrada de casa
ou o da minha gata minúscula e oficialmente desproporcional
você poderia ocupar o corpo da Kate Moss ou da Beyoncé
mas você ocupa o seu corpo, o seu pequeno corpo humano
cheio de terror e de avessos
: este corpo que lê agora, e que nunca mais lerá esta linha como se fosse a primeira vez.
Isso não é terrivelmente maravilhoso?"
Obrigada!!!
a parte mais importante do corpo é a que vai por dentro, mas a gente insiste em valorizar o que vê por fora.